Tremem minhas mãos neste momento,
A voz que chama tem um timbre ácido...
O espelho frente aos olhos refletindo as cores
De uma bandeira linda que empunhei sem medo.
Não escuto nada, além desses trovões de guerra
E tambores surdos ritmando os passos...
Cavalhadas loucas num lançante abaixo
E escaramuças plenas de paixão e terra.
Quais ferimentos me castigam mais?
Do corpo, da alma, da lembrança?
Não sei dizer o que me encurrala...
Os talhos feios que guardei no couro
Ou os tormentos que inscrevi na alma.
De tudo isso, me restou um dote,
Um honraria, por haver peleado...
Dos tantos golpes de uma adaga fria
O grande prêmio se mostrou um dia
Numa medalha de metal dourado.
Honra ao mérito, está escrito na sua fronte...
Honra ao mérito, frase tão singela...
Honra ao mérito aos homens de coragem
Que construíram pátria, que conquistaram sonhos,
Desaguando história pelos rios do tempo.
Honra ao mérito, está escrito no metal...
Lindo seria, não representasse golpes,
Não sacrificasse vidas, não recompensasse feras...
Fui um dos que lutaram, que sonharam,
Que sofreram a dor mais aguda
De fazer o certo da maneira errada.
Lutar pra construir nações,
Lutar pra defender ideais...
Lutar pra garantir seu chão,
Lutar pra encontrar a paz.
Necessário talvez, mas tão tristonho...
Que preço alto me cobrou a vida,
Que jeito amargo de buscar um sonho.
Honra ao mérito está escrito na medalha...
Terá honra em matar, mesmo de frente?
Terão mérito o chumbo e a criolla
Se os inimigos que enchemos de peçonha
Fora os lenços de outra cor, são nossa gente?
Honra ao mérito, no prêmio que rebrilha...
Antes fosse conquistado com ternura...
Honra ao mérito por saber semear doçura
E não por sangue derramando nas guerrilhas.
A medalha queima em minhas mãos cansadas
Como se o peso de toda a história recaísse em mim...
Mas a esperança não chegou ao fim...
Olho para os lados, vejo coisas belas,
Ginetes buenos com seus potros ágeis,
Moças risonhas a enfeitar janelas.
E esta medalha, o que fazer com ela?
Jogo a medalha rumo ao céu, e junto dela
Todas as dores que me cortam fundo...
Adeus às chagas que colhi no mundo,
Adeus às sombras que me desesperam.
Honra ao mérito, esperança remoçada!
A mão de um anjo fez do meu lamento
Mais uma estrela pela madrugada.
Honra ao mérito, ecoa em meu destino,
Buscando alento pra um perau malino
De uma medalha de ilusão dourada!!
A voz que chama tem um timbre ácido...
O espelho frente aos olhos refletindo as cores
De uma bandeira linda que empunhei sem medo.
Não escuto nada, além desses trovões de guerra
E tambores surdos ritmando os passos...
Cavalhadas loucas num lançante abaixo
E escaramuças plenas de paixão e terra.
Quais ferimentos me castigam mais?
Do corpo, da alma, da lembrança?
Não sei dizer o que me encurrala...
Os talhos feios que guardei no couro
Ou os tormentos que inscrevi na alma.
De tudo isso, me restou um dote,
Um honraria, por haver peleado...
Dos tantos golpes de uma adaga fria
O grande prêmio se mostrou um dia
Numa medalha de metal dourado.
Honra ao mérito, está escrito na sua fronte...
Honra ao mérito, frase tão singela...
Honra ao mérito aos homens de coragem
Que construíram pátria, que conquistaram sonhos,
Desaguando história pelos rios do tempo.
Honra ao mérito, está escrito no metal...
Lindo seria, não representasse golpes,
Não sacrificasse vidas, não recompensasse feras...
Fui um dos que lutaram, que sonharam,
Que sofreram a dor mais aguda
De fazer o certo da maneira errada.
Lutar pra construir nações,
Lutar pra defender ideais...
Lutar pra garantir seu chão,
Lutar pra encontrar a paz.
Necessário talvez, mas tão tristonho...
Que preço alto me cobrou a vida,
Que jeito amargo de buscar um sonho.
Honra ao mérito está escrito na medalha...
Terá honra em matar, mesmo de frente?
Terão mérito o chumbo e a criolla
Se os inimigos que enchemos de peçonha
Fora os lenços de outra cor, são nossa gente?
Honra ao mérito, no prêmio que rebrilha...
Antes fosse conquistado com ternura...
Honra ao mérito por saber semear doçura
E não por sangue derramando nas guerrilhas.
A medalha queima em minhas mãos cansadas
Como se o peso de toda a história recaísse em mim...
Mas a esperança não chegou ao fim...
Olho para os lados, vejo coisas belas,
Ginetes buenos com seus potros ágeis,
Moças risonhas a enfeitar janelas.
E esta medalha, o que fazer com ela?
Jogo a medalha rumo ao céu, e junto dela
Todas as dores que me cortam fundo...
Adeus às chagas que colhi no mundo,
Adeus às sombras que me desesperam.
Honra ao mérito, esperança remoçada!
A mão de um anjo fez do meu lamento
Mais uma estrela pela madrugada.
Honra ao mérito, ecoa em meu destino,
Buscando alento pra um perau malino
De uma medalha de ilusão dourada!!
Que baita blog criaste, meu amigo!!!
ResponderExcluirParabéns a ti e muito obrigado por partilhar conosco tua obra através deste espaço.
Se quiseres, podes visitar o meu www.blogdoleandro.arteblog.com.br onde tem alguns contos...
Baita abraço!